Muitos negócios começam com um sonho… metaforicamente falando. Fábio Sernadas, contudo, sonhou literalmente com a revista Faire que viria a criar pouco tempo depois...
Muitos negócios começam com um sonho… metaforicamente falando. Fábio Sernadas, contudo, sonhou literalmente com a revista
Faire que viria a criar pouco tempo depois.
Como a vida não é apenas feita de sonhos, começou a trabalhar no Imaginarium da Via Catarina, enquanto se formava em Ciências da Comunicação e da Cultura, na Universidade Lusófona do Porto. Fôra, desde sempre, um apaixonado por moda e aproveitou o programa de Erasmus para conhecer a vibrante cidade de Madrid, onde continuou a estudar e a trabalhar na Imaginarium.
Foi durante este período em Espanha, que nasceu a ideia que viria a ser a génese da Faire Magazine. Fábio tinha visto o “O diabo veste Prada” e nessa mesma noite, levado pelas imprevisibilidades de Morfeu e inspirado pela temática do filme, começou a imaginar o que viria a ser um projeto de sucesso. Já era fotógrafo amador de moda e disponha de uma energia pronta a enfrentar qualquer desafio, porém, a criação de uma revista por uma única pessoa continuava a ser uma tarefa hercúlea. Felizmente pode contar com a ajuda de um colega que se tornou seu sócio e o ajudou a tornar a Faire uma realidade, em 20 de Abril de 2017. O nome da revista é, simultaneamente uma referência ao verbo ‘Faire’ - uma vez que Fábio queria fazer algo inovador - e uma homenagem à primeira impulsionadora do projecto, a sua mãe, de nacionalidade francesa. A nível de conteúdos, a revista debruçou-se sobre lifestyle e moda 100% portuguesa. Queria dar ênfase ao que de melhor se faz por cá para colmatar o que, na sua perspetiva, era uma lacuna nas próprias revistas portuguesas. O formato escolhido foi o digital e inicialmente, os conteúdos eram colocados esporadicamente, até a revista passou a funcionar com publicações mensais.
Regressou entretanto a Portugal e o seu projeto continuou a crescer. Em Setembro de 2018 o engenheiro Paulo Cunha viu potencial na revista e decidiu formar sociedade. Nesta nova fase, Fábio, que até então fazia um pouco de tudo (paginação, fotografia, capas, artigos, entrevistas, editoriais) pôde, com a contratação de uma equipa, dedicar-se mais à contabilidade e negociação com marcas. Hoje em dia, a Faire conta com uma equipa que trabalha de forma praticamente independente: onze pessoas dedicadas à moda, modelos de várias agências, oito pessoas dedicadas a lifestyle, três na componente multimédia e três para organizar a paginação. Toda esta dinâmica resultou numa divulgação eficaz e original de talentos, marcas e projetos que atraiu inúmeros leitores, tipicamente jovens entre os 18 e 34 anos sedentos de novidades, curiosos e atentos a novas tendências.
Fábio antecipa que 2019 seja uma ano de muito trabalho e de algumas surpresas, que ainda não pode revelar. Recentemente estabeleceu uma parceria com o Comércio Nosso, uma iniciativa que dá visibilidade ao comércio de rua info-excluído. As histórias de balcões e negócios por esse Portugal fora pareceram-lhe ser uma uma leitura apelativa para um vasto público, além de considerar o comércio como um aspeto fundamental da cultura de um país.
A Faire cresceu substancialmente desde a sua criação. Com a dinâmica de Fábio e a dedicação de uma equipa capaz e inovadora, certamente continuará a destapar o véu que cobre o talento e ingenuidade portuguesa. E que belas revelações nos aguardam!